Arte, educação e Filosofia
Este blog se destina a todos que apreciam todas as linguagens artísticas bem como as ferramentas didáticas usadas para transmiti-las e também para os que possuem curiosidade e sede por conhecimento.
sábado, 24 de fevereiro de 2018
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
Produção musical e mercado
A tecnologia está presente em
tudo e é muito fácil perceber isso. Mas talvez não seja tão fácil perceber que
na música ela caba sendo utilizada muitas vezes para tapar buracos, esconder
erros e preencher brechas que antes eram feitas “na unha”, da maneira
tradicional que apesar de ser a mais difícil mostrava a qualidade do verdadeiro
músico. Lembro-me de uma entrevista do ainda atual guitarrista da banda inglesa
Queen, onde ele explicava alguns detalhes da gravação da música Bohemian
Rhapsody. Ele dizia que tiveram que repassar tantas vezes alguns trechos que
não ficavam como o esperado que a fita chegou até a desgastar. Naquela época o
processo de gravação era através de fitas analógicas, e um erro custava um bom
trabalho para voltar a fita no “ponto certo”. Com a chegada das mídias digitais
a história ficou diferente e bem mais fácil; tanto que é possível realizar boas
gravações, mesmo em casa.
Segundo Viana, “os estudos a
respeito da indústria cultural se dividem em dois grandes polos, separados pelo
tempo”. Trata-se o que ocorreu antes da década de 60 e o que veio depois da
década de 60, referentes a escola de Frankfurt e trata do entretenimento que se
transforma em bens de consumo. Depois
seguiu-se o processo de transição e defende o home como participante desse
processo. Podemos entender aqui que toda pessoa é também responsável pelo que
escolhe e consequentemente pelo que compra. E hoje esse termo vem sendo
questionado frente a outras maneiras de consumo e a interação entre os inúmeros
produtos culturais surgidos com os avanços tecnológicos. Mas afinal o que isso pode ter a ver com
tecnologia e mais ainda, o que tem a ver com composição?
Podemos pensar que o processo
fonográfico é uma indústria e como tal precisa vender. Então a resposta é tudo!
Tem tudo a ver. A partir da década de 20 os processos de gravação passaram a
ser elétricos e na década de 50 os mecanismos de popularizaram. Podemos
entender que o que alguém ouvia, logo era comentado no seguinte no trabalho e
isso gerava uma resposta muito grande aos fabricantes do estava sendo bem
aceito ou não. A partir daí o mercado fonográfico passou a seguir “receitas
prontas”. Era possível prever quais estilos seriam melhor aceitos etc., no
entanto com a chegada da cibercultura esse padrão se desfez. Surge a internet e
a pirataria que não são responsáveis pela quebra da indústria fonográfica, mas
que geram uma mudança de comportamento que aí sim é o grande responsável pelo
abalo da indústria fonográfica.
Nesse cenário é possível se
criar inúmeros estilos que se mesclam. Não se deve deixar confundir com o que
ocorre no Brasil que nem sempre segue outras tendências praticadas no resto do
globo. Se analisarmos de forma genérica existem hoje muito mais estilos
musicais do que a 50 anos atrás. E as possibilidades se multiplicam a perder de
vista. Logicamente isso abre caminho para trabalhos feitos sem muita qualidade
e supervisão musical, mas isso é tema para outro texto.
Referências:
VIANA, Lucina Reitenbach.
Indústria Cultural, Indústria Fonográfica, Tecnologia e Cibercultura.
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X
Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul – Blumenau, Blumenau,
28mai./30mai.2009.
MARTINS, Glória Cunha Maria Cecília. Tecnologia,
produção & educação musical descompassos e desafinos. Iv congresso
ribie, brasilia 1998, Brasília, v. 1, n. 1, p.
1-13, fev./nov. 2017. Disponível em:
<http://www.ufrgs.br/niee/eventos/ribie/1998/pdf/com_pos_dem/235.pdf>.Acesso
em: 20 nov. 2017.
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Web 2.0 e Educação Musical
A Web 2.0 é um termo novo que define as novas interações digitais
através do computador e da internet. Engloba mais precisamente uma
segunda geração de serviços dentro da plataforma web, que são todos os
conceitos relacionados à informática que usamos para nos comunicar através
dela. Mais ou menos a partir da segunda metade dos anos 2000 surgiram novas
plataformas e canais de interação, dentre eles os aplicativos, redes sociais,
blogs etc. Esses canais aumentaram o leque de interação e a eficiência da comunicação
digital. Essas novas estruturas auxiliaram muito a educação já que
ampliam as maneiras e as ferramentas que podem ser utilizadas para
ensinar. Segundo Alex Primo quanto mais pessoas na rede mais arquivos se
tornam disponíveis e os serviços se tornam melhores quanto mais pessoas
utilizam o sistema. (2006, pg.2).
Nos dias atuais, muito se tem falado a respeito de Web 2.0. O
conceito para o termo foi criado por Tim O’Reilly, em 2003, o qual diz que Web
2.0 é “a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das
regras para obter sucesso nesta nova plataforma”. Segundo o conceito elaborado
por O’Reilly, a regra fundamental da Web 2.0 é o aproveitamento da inteligência
coletiva.
Apesar dos especialistas afirmarem que não há um conceito formado
para o que é Web 2.0, acreditamos que o mesmo sendo desenvolvido e moldado
pelas práxis social. Se, como já foi dito, a principal característica dessa
mudança na internet é o aproveitamento da inteligência coletiva, isso
representa uma mudança no indivíduo que passa de um usuário passivo para um
usuário colaborativo e participativo. Esta mudança de paradigmas do indivíduo
vem acompanhada de uma propaganda que divulga liberdade e abertura.
Ora, a abertura e liberdade das quais se tanto se comenta de forma
pública e notória deve ser relativizada, pois existe uma legislação que se
desenvolve no sentido de caracterizar o que é permitido e o que é o chamado
crime digital, por exemplo, o Brasil, nos últimos anos várias polêmicas e
escândalos, foram palco para essa transformação como o caso da atriz da rede
globo de televisão Carolina Dieckmann que teve sua imagem divulgada e explorada
na internet sem autorização devida supostamente a ação invasão de privacidade
de seu computador pessoal, e a realização de cópia das fotos em situação íntima
(além das conversas). Desta forma, a atriz utilizou toda a sua influência para
a elaboração de uma lei digital que hoje leva seu nome (lei 12.737/2012) e foi
sancionada em 30 de novembro de 2012 pela ex-presidente Dilma Rousseff
tipificando os chamados delitos ou crimes informáticos.
Outro fator relacionado é a cultura digital que é criada no
processo de desenvolvimento da Web 2.0 que se baseia numa rede de informações
onde cada usuário pode não somente usufruir, mas sim, contribuir, discutir,
criticar e modificar o processo de construção da informação. Por exemplo, as
plataformas wiki são sistemas de produção de texto onde é permitida a livre e
coletiva construção de texto, apesar de ter sido criada em 1995 por Ward Cunningham,
na época chamava-se Portland Patter Repository, a expansão deste conceito e seu
uso como ferramenta para fins pedagógicos só foram anos depois utilizados, como
vemos na Wikipédia, onde cada usuário tem a oportunidade de adicionar
informações livremente.
A tendência para a Web 2.0 tem sido se caracterizar no âmbito
essencialmente online e vemos diversas ferramentas sendo disponibilizadas pelas
principais plataformas como o Google que oferece o Google Drive, mas outras
também já se notabilizaram como o Dropbox. Desta forma, atividades que antes
eram feitas de forma off-line, com o auxílio de tradicionais programas vendidos
em lojas especializadas, passam a ser feitas de forma online, com o uso de
ferramentas gratuitas e abertas a todos os usuários. Os críticos argumentam que
a Web 2.0 se trata apenas de um buzzword, uma jogada de marketing, um rótulo.
Para estas pessoas, não houve uma mudança significativa no marketing praticado
pela Internet para exemplificar uma teórica “evolução” de 1.0 para 2.0. Segundo
os críticos, as maneiras de se obter lucros continuam exatamente as mesmas:
publicidade e AdSense. Enfim, se todos concordam que a evolução de internet é
algo concreto, a discussão se restringe a se a Web 2.0 é ou não a representação
dessa evolução.
É importante se discutimos aspectos econômicos e políticos nos
processos de desenvolvimento social, em especial da Web 2.0, compreender o
sistema de monetização utilizado, o AdSense que se baseia no número de
visualizações.
Historicamente, o AdSense foi palco de duas grandes polêmicas: uma
em 2011 quando o Google lançou o algoritmo Google Panda devido a grande
expansão dos blogs em 2009 que se utilizavam das palavras-chaves para aparecer
numa posição melhor do ranking na pesquisa do buscador Google; e, a outra foi
recentemente em seis de abril deste ano quando devido a denuncias o Youtube
mudou seu sistema de monetização devido o que se chama de conteúdo não
familiar, resposta a uma propaganda feita que divulga uma ingerência da
plataforma para moderar e restringir informações tidas como impróprias, ou
seja, censura. Isto ocorreu devido à retirada dos patrocinadores da empresa.
Importante entendermos que apesar da notícia jornalística difamatória ter saído
nos EUA, à mudança afetou principalmente o AdSense da América Latina.
Os sites caracterizados Web 2.0 oferecem a possibilidade de
encontrar, produzir e armazenar todo tipo de conteúdo, informação e documentos
na Web, por isso os usuários podem participar de forma ativa para construir
algo, geralmente os sites possuem: possibilidade de busca por palavras-chave;
links para sites e documentos contendo informações relacionadas; possibilidade
de criar-se e alterar-se conteúdo por muitos usuários, utilização de tags ou
marcadores, uso da Web como plataforma para aplicativos e armazenamento de
documentos e conteúdos; RSS, que avisa outros usuários que houve inclusão de
novos conteúdos.
O portal de estatísticas Statista traz dados, contabilizados a
partir de abril de 2016, que elencam as principais redes sociais em todo mundo
classificadas por número de usuários ativos. O ranking completo, que você
poderá ver a seguir, fornece informações sobre as redes sociais mais populares
e, neste sentido, a líder da lista já está acostumada a ocupar este lugar, é
claro que estou falando do Facebook. A criação de Mark Zuckerberg foi a
primeira rede social a superar um bilhão de contas registradas e, atualmente,
soma 1,59 bilhão de usuários ativos mensalmente. Em 2015, o Facebook conseguiu a façanha de ter um bilhão de usuários em
todo mundo conectados no mesmo dia, mas foi só no primeiro trimestre deste ano
que a marca pode ser mantida diariamente.
Agora já começando a tratar da educação a Web 2.0 contribuiu nos
sistemas de educação online, principalmente quando pensamos na construção do
conhecimento coletivo. Os AVA´s dispõem de variados recursos para apoiar
a interação e a dinamização no processo de aprendizagem. Entre as ferramentas
mais utilizadas estão os chats, os fóruns, os grupos de discussão, oriundos da
Web 1.0 e os blogs, os wikis e podcasts, os quais são os principais expoentes
da Web 2.0. Diante deste cenário a Web 2.0 como um divisor no aprendizado
virtual.
No ensino superior, várias experiências estão sendo bem sucedidas
por meio de rádios universitárias, o que parece anunciar um paradoxo se torna
uma boa novidade. Quando se achava que a internet iria acabar de vez com a
rádio, essa ferramenta bastante antiga ressurge em novas interfaces e
plataformas. Segundo RAMOS
Desde a
primeira iniciativa de rádio em Internet, Internet Talk Rádio, realizada em
1993 por Carl Malamud (BAKER, 2009, p. 3) o media sonoro viveu uma importante
expansão nos media digitais que torna necessária a sua reconceptualização para
além do âmbito estritamente sonoro. (2011, pg. 52)
Essas web rádios
oferecem agora novas opções de interação que não existiam a tempos atrás. Um
dos exemplos são as redes sociais que permeiem a escolha de músicas e
configuração de playlists de acordo com o gosto do ouvinte. Essas novas rádios
não se limitam a propriedade exclusivamente sonora. Com a tecnologia acessível
elas se expandiram para vários sentidos e vários meios de comunicação. Como
reforça Ramos, Além da difusão em streaming, a
webrádio incorpora novas formas de consumo on demand que favorecem a construção
de uma rádio à medida do usuário. (RAMOS, 2011, pg.
52). Neste contexto as ferramentas disponíveis na Web 2.0 possibilitam ofertar
ao ensino um novo olhar, com ênfase no conhecimento coletivo e na comunicação
síncrona e assíncrona.
Em educação musical gradativamente
os professores vem utilizando a tecnologia a seu favor através de DVDs, dos
projetores etc., e com a internet muito se evoluiu pensando na imensa
quantidade de programas e aplicativos relativamente baratos ou até grátis que
permitem a criação de pequenos estúdios musicais com qualidade praticamente
profissional. O acesso à música se tornou mais fácil através do formato mp3, e
do Youtube que possibilitou a visualização de clips e shows de muitos artistas;
dos mais antigos aos mais atuais. Além disso, aprender música partindo para a
teoria ou para a prática de um instrumento ou canto se tornou muito mais fácil
através de vídeo-aulas compartilhadas no Youtube, ou em outros sites
especializados em música. Dessa forma, o estudante, o músico amador ou o profissional
tem em suas mãos muitas ferramentas facilmente manuseáveis e compartilhadas. A
edição, gravação e composição se tornaram mais acessíveis, e podem começar com
um hobby ou brincadeira e se tornarem atividades rentáveis.
Concluindo, apesar de muitas escolas
(em especial as públicas) ainda não aceitarem o uso da tecnologia no cotidiano
escolar, aqui nos referimos ao uso de celulares e tablets em sala de aula,
percebemos que estas medidas disciplinares vão contra a necessidade tecnológica
da atualidade, e não exime os educadores musicais, de conhecer, utilizar, até
ter domínio dessas tecnologias, pois é preciso acompanhar o desenvolvimento
social, assim, a escola e o professor precisam podem utilizar nos processos de
ensino e aprendizagem do conhecimento e habilidade musical, além de poder
desenvolver o ser musical que existe em cada um de nós. Finalmente, as
tecnologias se consolidam na ação musical seja ela intermediada através destas
tecnologias ou de uma forma simples sem intermediação, pois a música seja de
qualquer forma deve ser a maior motivação para ensinar.
Referências
Bibliográficas:
PRIMO,
Alex. O aspecto relacional na Web 2.0. Congresso brasileiro de ciência
da comunicação, Brasília, 2006./nov. 2017.
DANTAS,
Tiago. “Web 2.0"; Brasil
Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/informatica/web-20.htm>.
Acesso em 07 de novembro de 2017.
SCHONS,
Cláudio Henrique; RIBEIRO, Adriano Carlos; BATTISTI, Patrícia. Educação à
distância: web 2.0 na construção do conhecimento coletivo. Repositorio.
ufsc.br, [S.L.], p. 1-12, 2008. Undefined.
Lei Carolina Dieckmann. Disponível em
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Carolina_Dieckmann> acesso em 07 de nov.
de 2017.
Plataformas Wiki. Disponível em <
http://pesquompile.wikidot.com/plataformas-wiki> acesso em 07 de nov. de
2017
RAMOS,
Teresa Piñeiro-Otero Fernando. Rádios universitárias na Web 2.0: perspectivas e
potencial. Rádio Leituras, Aveiro, n. 01, p. 1-27, jan./jun. 2011.
autores:
Cintia Cintra e Cintra
Welton Carlos Ferreira Rudi
Welisson da Costa Leão
Alexandre Victorino Ribeiro
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
Colaboração em
rede e educação
Na
história da humanidade muitas revoluções contribuíram para os avanços tecnológicos.
Da descoberta do fogo a invenção da eletricidade. No entanto cabe citar aqui
apenas três que foram incrivelmente importantes para o desenvolvimento de uma
sociedade tão dependente da tecnologia e das mídias. A primeira foi a revolução
industrial que permitiu as famílias se organizarem com o pensamento final em
algum tipo de consumo. A segunda, mais tardia foi a invenção do computador. E a
terceira que ocorreu um pouco depois foi a invenção da internet.
O
computador em fevereiro de 1946 pelos cientistas norte-americanos John Presper
Eckert e John W. Mauchly, da Electronic Control Company. O
protótipo que ocupava uma sala inteira hoje cabe na palma das mãos.
Provavelmente os inventores não previam tamanha evolução como também não deviam
ter imaginado que ele seria utilizado para tantas diversas tarefas.
A
internet foi criada com intuitos militares no auge da Guerra Fria. Na década de
1960 (1969). Como o governo americano temia um ataque russo, criou um sistema
de troca de informações que pudessem ser armazenadas de forma segura. Assim
surgiu a ARPANET sigla para Advanced Research Projects Agency. O nome INTERNET
tem origem inglesa, onde inter vem de internacional e net significa rede. Outros
cientistas trabalharam para que a internet se tornasse muito mais que um mero
aparato militar.
Passando
agora a falar mais precisamente sobre colaboração que é o foco, pode-se dizer
que a internet passou a configurar um local muito eficiente para a colaboração
já que a comunicação ocorre de forma fácil e eficiente. Essa nova maneira de se
comunicar vem movimentando até a economia e isso deve ser considerado. Até a
maneira de comprar se modificou e colabora para que as pessoas tenham inúmeras
opções de produtos e de preços. O mesmo ocorre com educação. É possível estudar
praticamente qualquer tema, aprender idiomas, cursar uma infinidade de cursos ler
a respeito de qualquer assunto e se comunicar facilmente com praticamente todo
o mundo. Nesse sentido a principal questão levantada por Fagundes é: como podemos caminhar de uma Sociedade Industrial, que privilegia
a cultura do ensino para uma Sociedade em Rede, que privilegia a cultura da
aprendizagem? (2000, pg.3). Possivelmente a resposta possa estar nos
cursos a distância e em suas ramificações e resultados em formas de novos
estilos e técnicas de ensino e aprendizagem que privilegiem essas novas
competências pautadas em um aluno mais crítico e investigativo sobrepujando o
antigo aluno que era um mero receptor da informação.
Os
países vêm criando e adotando sistemas de aprendizagem a distância onde a
internet é a ferramenta. Considerando esse fator, é inegável o papel de
inclusão social que essa facilidade a educação desempenha. Basta pensar em um
aluno dedicado, mas carente financeiramente que consegue estudar em uma
importante universidade através de uma plataforma EAD (ensino a distância).
No Brasil a história do ensino a distância
começou via correio mesmo; em forma de revistas periódicas que mesmo tendo chegado
ao fim representaram um importante passo inicial para a confiança na educação a
distância. Atualmente a modalidade EAD apesar de ainda sofrer com a crença da
inferioridade dos cursos por serem a distância é a modalidade que mais cresce
no país; além do mais a realidade mostra o contrário, já que esses cursos oferece
ambientes virtuais de aprendizagem muito didáticos e inúmeras plataformas de
duvidas online. Além disso a internet ainda possibilita inúmeras ferramentas de
comunicação como as redes sociais, os blogs, os sites de perguntas e respostas,
o bom e velho e-mail que ainda é muito utilizado, e mais recentemente os
celulares ampliaram a rede de comunicação com o surgimento dos aplicativos
entre eles os de troca de mensagem que se popularizaram de maneira muito
rápida. Talvez um grande problema ainda seja o desafio de substituir cursos
tradicionalmente presenciais e muito populares por sempre terem sido assim por
uma modalidade a distância. E apesar da eficiência caminhar com cautela é
preciso para não botar a perder o que já foi conquistado até aqui.
O
acesso a essas tecnologias ainda não atinge cem por cento da população, mas a tendência
é isso ocorrer em pouco tempo. Já foi a época onde os acessos a essas
tecnologias representavam verdadeiras fortunas. Hoje em dia tudo é muito mais
flexível.
O universo digital é um local como qualquer
outro; o problema é que pode-se dizer que a maioria da população parece não ter
se dado conta disso. Ainda se vem muitos absurdos e até crimes simplesmente
porque pensa-se que a internet é um local seguro para o anonimato, porém isso é
um grave engano, já que os IPs são números fixos facilmente rastreáveis. Vale
no final considerar que se vive em um caminho sem volta para a facilidade e
melhor qualidade de informação e conhecimento onde quem não se adaptar irá
deixar de aprender.
Referências:
PINTO,
Aparecida Marcianinha. AS NOVAS TECNOLOGIAS E A EDUCAÇÃO. DFE/UEM/CRC,
[S.L], p. 1-7, 200./out. 2017. Disponível em:
<http://files.novastecnologias9.webnode.com/200000001-1e2d91f276/AS_NOVAS_TECNOLOGIAS_E_A_EDUCACAO.pdf>.
Acesso em: 21 out. 2017.
BASTOS,
João Augusto De Souza Leão Almeida. O DIÁLOGO DA EDUCAÇÃO COM A TECNOLOGIA. Revistas.utfpr.edu,
[S.L], out. 2017. Disponível em:
<http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/revedutec-ct/article/viewFile/1985/1392>.
Acesso em: 21 out. 2017.
FAGUNDES,
Eliane Schlemmer Léa Da Cruz. Uma Proposta Para Avaliação De Ambientes Virtuais
De Aprendizagem Na Sociedade Em Rede. Informática na educação teoria e
prática, Porto Alegre, v. 3, n. 1, set./nov. 2017. Disponível em:
<http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:UIHI7HR3j9oJ:scholar.google.com/+sociedade+em+rede&hl=pt-BR&as_sdt=0,5>.
Acesso em: 06 nov. 2017.
CARDOSO, Manuel Castells Gustavo. A
sociedade em rede do conhecimento à acção política: Conferência promovida
pelo presidente da república 4 e 5 de março de 2005 | centro cultural de belém.
1012466 ed. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 2006. 439 p.
sábado, 21 de outubro de 2017
O papel da inclusão digital na educação musical
A tecnologia do
mundo contemporâneo é muito eficiente e não há dúvida nisso, porém será que ela
é usada de maneira eficiente? O fato da tecnologia existir e o fato das pessoas
saberem explora-la são coisas diferentes.
Na educação as
coisas não são diferentes, e o problema pode ser mais sério visto que é no
ensino que os menores devem ser orientados sobre o uso da tecnologia.
A educação
básica no Brasil se mantem em boa parte estagnada. Quem entra em uma escola, especialmente as
públicas irá se deparar com uma sala de aula equipada com um quadro negro e um
punhado de giz e nada mais. São as escolas particulares que costumam oferecer
um acesso maior a tecnologia através do uso de computadores com acesso à
internet e lousas digitais que auxiliam o interesse por pesquisas e conhecimento.
Quando se fala
em educação musical o problema aumenta já que a educação musical no Brasil
ainda engatinha comparada a outros países. Se a tecnologia não está presente
nem mesmo no ensino tradicional, o que falar sobre ela na educação musical?
Segundo Pinto ( 2004, pg. 2) “A escola, enquanto instituição social, é
convocada a atender de modo satisfatório as exigências da modernidade.”Porém o
investimento na educação brasileira, principalmente na fundamental é muito
baixo, consequentemente em tecnologia na educação os recursos são poucos. No
máximo as escolas possuem o acesso a internet. Necessário também para assuntos
administrativos, porém falta uma organização para que os alunos também sejam
beneficiados por essa tecnologia.
Segundo (2015, pg.
7) “É a educação que inspira a tecnologia para a aventura de criar, inventar e
projetar nossos bens fugindo aos riscos de facilmente comprá-los”. É através da
tecnologia que se desperta a criatividade e é ainda a conhecendo que se mantém
atualizado com as possibilidades do mundo atual. Fica difícil obter sucesso em
certas questões como por exemplo o estudo e o trabalho sem o acesso a
tecnologia.
Geralmente os
jovens possuem um grande domínio com a tecnologia, englobando nela o uso de
celulares, tablets e internet. O que acontece geralmente é que eles a utilizam
geralmente muito mais para o laser e diversão. A escola cabe o papel de
realizar essa ponte. É preciso direcionar os jovens a entender que a internet é
um espaço como qualquer outro apesar ser virtual e apesar da comodidade da facilidade
da quantidade enorme de boas informações pode ser um local muito perigoso
também. Infelizmente são muitas as pessoas que utilizam a internet com
objetivos falsos, vingativos e interesseiros utilizando a ingenuidade das
pessoas, principalmente as imaturas para se beneficiar disso.
Para a educação,
incluindo a musical a internet possibilita muitas vantagens. É possível assistir
diversas vídeo aulas de ótima qualidade, aprender a confeccionar e a comprar
instrumentos com baixo custo e a se comunicar e trocar experiências com pessoas
mais experientes, no entanto tudo isso precisa ocorrer com a supervisão de um
adulto consciente e experiente. Pensando nisso o professor pode realizar essa
mediação, no entanto ainda podem ser muitos os que se recusam a utilizar a
tecnologia dessa maneira, visto que as escolas não incentivam e oferecem poucos
equipamentos e pouco tempo destinado a essa alternativa.
Também de nada
adianta haver a tecnologia sem a competência necessária para utilizá-la. O
assunto é ampla e envolve também os cursos de graduação e pós graduação que
precisam colocar o tema em prática e levar os estudantes e futuros professores
a intenderem essa importância.
Referências:
PINTO, Aparecida Marcianinha. AS
NOVAS TECNOLOGIAS E A EDUCAÇÃO. DFE/UEM/CRC, [S.L], p. 1-7, 200./out.
2017. Disponível em: <http://files.novastecnologias9.webnode.com/200000001-1e2d91f276/AS_NOVAS_TECNOLOGIAS_E_A_EDUCACAO.pdf>.
Acesso em: 21 out. 2017.
BASTOS, João Augusto De Souza Leão
Almeida. O DIÁLOGO DA EDUCAÇÃO COM A TECNOLOGIA. Revistas.utfpr.edu,
[S.L], out. 2017. Disponível em: <http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/revedutec-ct/article/viewFile/1985/1392>.
Acesso em: 21 out. 2017.
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
A diferença entre Inclusão e Integração
O mundo moderno enfrenta o simples desafio de se socializar. Um desafio simples porém cheio de obstáculos, em um momento em que as diversidades aumentam e coexistem com inúmeros outros problemas. A simples realidade de estar junto está se transformando em algo insuportável em determinados locais devido somente as diferenças no pensar.
Nesse cenário o mundo também faz uma reflexão sobre o viver com alguma deficiência pensando em como acolher. Porém é preciso ainda caminhar, amadurecer e aprender a fazer esse acolhimento da melhor maneira para que ele seja bom para os dois lados, tanto par o que acolhe como para o que é acolhido. A legislação brasileira ainda precisa se aprimorar no assunto já que mesmo a LDB de 96 “preferencialmente” e “no que for possível” quando se refere a matricula em escolas regulares. As primeiras experiências acontecendo na primeira metade da década de 80, abrem caminho, mas é no início da década de 90 que se começa a falar em uma escola inclusiva.
Chama a atenção o fato de um problema tão antigo começar a tomar um caminho para melhorias somente agora mas ainda longe de uma solução única por ser algo que envolve a mobilização de toda a sociedade.
O integrar foi adotado primeiro ao se pensar que era o correto por ser algo mais automático. Integrar é no fundo uma atitude discriminatória porque parte da ideia que o deficiente é minoria e por isso precisa se integrar a maioria; enquanto que a verdade é bem longe disso já que todo ser humano possui determinada deficiência a diferença é que nem todas são visíveis e claras.
Já a inclusão torna-se uma atitude necessário e justo já que toda a sociedade acolhe uma pessoa pelo simples primcípio de reconhecê-la como igual e digna dos mesmos privilégios. O conceito de inclusão apesar de ser algo muito ligado a acolhida e ao querer o bem estar do outro indivíduo ainda é uma novidade. Muitos deficientes não sabem seus direitos e acabam a si próprios de condenando e se excluindo por causa do erro do restante da população. O indivíduo com deficiência acaba enfrentando uma grande barreira física e psicológica e muita agravada pelo preconceito e pela falta de apoio.
Apesar da mobilização e do crescimento da divulgação da ideia da inclusão ela ainda não se fixou porque o deficiente é visto como o coitadinho que vai superar suas limitações e se superar para ser aceito e não como alguém que merece a atenção e o preparo da sociedade inteira.
As instituições especiais deveriam ficar apenas como centros de especialidades e de pesquisa. No entanto as escolas regulares ainda não estão preparadas porque se esquivam do assunto, e porque não conseguem encontrar uma forma de dar o primeiro passo. Os cursos de licenciatura ainda precisam adaptar seus conteúdos a verdadeira realidade da educação especial. O Cursos de Libras ainda é visto como novidade e se torna dificil porque só é estudado em faculdades quando existe. A Inclusão precisa começar a acontecer em todos os níveis, pois na verdade a Integração é o sistema mais atuante.
Algumas instituições, cidades e empresas vem encontrando sucesso em práticas inclusivas. A AACD se destaca no Brasil com soluções criativas e adaptações de atividades cotidianas para o deficiente. A verdadeira inclusão acontece quando conseguimos soluções, melhorias e transformações significativas para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência a ponto de torná-la feliz e familiarizada com o ambiente da pessoa sem deficiência.
Infelizmente muitas soluções são caras, como o método Braile que necessita de uma tecnologia específica explorada de forma capitalista para que as empresas especializadas no assunto lucrem na venda desses equipamentos. Isso prova que a sociedade apesar de bem intencionada ainda não atingiu o real nível necessário e ainda muitos não entenderam o verdadeiro sentido da inclusão.
domingo, 3 de agosto de 2014
Hiper-realismo. Uma linguagem não tão recente.
Atualmente alguns pintores como Pedro Campos, Jason de Graaf, Diego Fazio e escultores como Ron Mueck vem se destacando no hiper-realismo, e concordo que sem a fotografia isso não seria possível porque ela e também outras tecnologias como o fotoshop e os modernos sistemas de impressão ajudaram na captação, visualização e apreciação das imagens.
Existem muitos apreciadores da pintura mas algo que poucos sabem é que o hiper-realismo é uma linguagem artística que veio se consolidando e melhorando porque já existiam artistas buscando a melhor representação a muito tempo atrás.Michelangêlo e Leonardo da Vinci se esforçavam para fazer o mais próximo da realidade e só não foram melhores porque não possuíam os recursos atuais, mas ainda é muito impressionante observar uma obra como o Davi de Michelangelo, feito no mármore puro e que conserva todos os detalhes de um ser humano perfeito carregado ainda de muito impacto expressivo. Uma obra completa, imortalizada na rocha e que ninguém pode contestar que é ainda algo impressionante e quase impossível de ser imitada.
Hoje Ron Mueck é igualmente impressionante e inigualável. Apenas usa novos materiais, a fibra de vidro e o silicone ajudam na forma, na imitação da realidade.
Na pintura Jason de Graag pinta cenas unicamente simples mas carregadas de magia por não serem foto e sim tinta. Mas lembremos do americano William Michael Harnett, e do holandês JohanesVermer que já realizavam façanhas impressionantes apenas com a observação da cenas ao vivo.
O que quero dizer é que a arte acompanha nosso tempo e os que tem talento para aproveitar com inteligência dos recursos da contemporaneidade fazem quase o impossível.
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