sábado, 21 de outubro de 2017

O papel da inclusão digital na educação musical

A tecnologia do mundo contemporâneo é muito eficiente e não há dúvida nisso, porém será que ela é usada de maneira eficiente? O fato da tecnologia existir e o fato das pessoas saberem explora-la são coisas diferentes.
Na educação as coisas não são diferentes, e o problema pode ser mais sério visto que é no ensino que os menores devem ser orientados sobre o uso da tecnologia.
A educação básica no Brasil se mantem em boa parte estagnada.  Quem entra em uma escola, especialmente as públicas irá se deparar com uma sala de aula equipada com um quadro negro e um punhado de giz e nada mais. São as escolas particulares que costumam oferecer um acesso maior a tecnologia através do uso de computadores com acesso à internet e lousas digitais que auxiliam o interesse por pesquisas e conhecimento.
Quando se fala em educação musical o problema aumenta já que a educação musical no Brasil ainda engatinha comparada a outros países. Se a tecnologia não está presente nem mesmo no ensino tradicional, o que falar sobre ela na educação musical? Segundo Pinto ( 2004, pg. 2) “A escola, enquanto instituição social, é convocada a atender de modo satisfatório as exigências da modernidade.”Porém o investimento na educação brasileira, principalmente na fundamental é muito baixo, consequentemente em tecnologia na educação os recursos são poucos. No máximo as escolas possuem o acesso a internet. Necessário também para assuntos administrativos, porém falta uma organização para que os alunos também sejam beneficiados por essa tecnologia.
Segundo (2015, pg. 7) “É a educação que inspira a tecnologia para a aventura de criar, inventar e projetar nossos bens fugindo aos riscos de facilmente comprá-los”. É através da tecnologia que se desperta a criatividade e é ainda a conhecendo que se mantém atualizado com as possibilidades do mundo atual. Fica difícil obter sucesso em certas questões como por exemplo o estudo e o trabalho sem o acesso a tecnologia.
Geralmente os jovens possuem um grande domínio com a tecnologia, englobando nela o uso de celulares, tablets e internet. O que acontece geralmente é que eles a utilizam geralmente muito mais para o laser e diversão. A escola cabe o papel de realizar essa ponte. É preciso direcionar os jovens a entender que a internet é um espaço como qualquer outro apesar ser virtual e apesar da comodidade da facilidade da quantidade enorme de boas informações pode ser um local muito perigoso também. Infelizmente são muitas as pessoas que utilizam a internet com objetivos falsos, vingativos e interesseiros utilizando a ingenuidade das pessoas, principalmente as imaturas para se beneficiar disso.
Para a educação, incluindo a musical a internet possibilita muitas vantagens. É possível assistir diversas vídeo aulas de ótima qualidade, aprender a confeccionar e a comprar instrumentos com baixo custo e a se comunicar e trocar experiências com pessoas mais experientes, no entanto tudo isso precisa ocorrer com a supervisão de um adulto consciente e experiente. Pensando nisso o professor pode realizar essa mediação, no entanto ainda podem ser muitos os que se recusam a utilizar a tecnologia dessa maneira, visto que as escolas não incentivam e oferecem poucos equipamentos e pouco tempo destinado a essa alternativa.
Também de nada adianta haver a tecnologia sem a competência necessária para utilizá-la. O assunto é ampla e envolve também os cursos de graduação e pós graduação que precisam colocar o tema em prática e levar os estudantes e futuros professores a intenderem essa importância.

Referências:

PINTO, Aparecida Marcianinha. AS NOVAS TECNOLOGIAS E A EDUCAÇÃO. DFE/UEM/CRC, [S.L], p. 1-7, 200./out. 2017. Disponível em: <http://files.novastecnologias9.webnode.com/200000001-1e2d91f276/AS_NOVAS_TECNOLOGIAS_E_A_EDUCACAO.pdf>. Acesso em: 21 out. 2017.

BASTOS, João Augusto De Souza Leão Almeida. O DIÁLOGO DA EDUCAÇÃO COM A TECNOLOGIA. Revistas.utfpr.edu, [S.L], out. 2017. Disponível em: <http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/revedutec-ct/article/viewFile/1985/1392>. Acesso em: 21 out. 2017.