segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Colaboração em rede e educação

Na história da humanidade muitas revoluções contribuíram para os avanços tecnológicos. Da descoberta do fogo a invenção da eletricidade. No entanto cabe citar aqui apenas três que foram incrivelmente importantes para o desenvolvimento de uma sociedade tão dependente da tecnologia e das mídias. A primeira foi a revolução industrial que permitiu as famílias se organizarem com o pensamento final em algum tipo de consumo. A segunda, mais tardia foi a invenção do computador. E a terceira que ocorreu um pouco depois foi a invenção da internet.   
O computador em fevereiro de 1946 pelos cientistas norte-americanos John Presper Eckert e John W. Mauchly, da Electronic Control Company. O protótipo que ocupava uma sala inteira hoje cabe na palma das mãos. Provavelmente os inventores não previam tamanha evolução como também não deviam ter imaginado que ele seria utilizado para tantas diversas tarefas.
A internet foi criada com intuitos militares no auge da Guerra Fria. Na década de 1960 (1969). Como o governo americano temia um ataque russo, criou um sistema de troca de informações que pudessem ser armazenadas de forma segura. Assim surgiu a ARPANET sigla para Advanced Research Projects Agency. O nome INTERNET tem origem inglesa, onde inter vem de internacional e net significa rede. Outros cientistas trabalharam para que a internet se tornasse muito mais que um mero aparato militar.
Passando agora a falar mais precisamente sobre colaboração que é o foco, pode-se dizer que a internet passou a configurar um local muito eficiente para a colaboração já que a comunicação ocorre de forma fácil e eficiente. Essa nova maneira de se comunicar vem movimentando até a economia e isso deve ser considerado. Até a maneira de comprar se modificou e colabora para que as pessoas tenham inúmeras opções de produtos e de preços. O mesmo ocorre com educação. É possível estudar praticamente qualquer tema, aprender idiomas, cursar uma infinidade de cursos ler a respeito de qualquer assunto e se comunicar facilmente com praticamente todo o mundo. Nesse sentido a principal questão levantada por Fagundes é: como podemos caminhar de uma Sociedade Industrial, que privilegia a cultura do ensino para uma Sociedade em Rede, que privilegia a cultura da aprendizagem? (2000, pg.3). Possivelmente a resposta possa estar nos cursos a distância e em suas ramificações e resultados em formas de novos estilos e técnicas de ensino e aprendizagem que privilegiem essas novas competências pautadas em um aluno mais crítico e investigativo sobrepujando o antigo aluno que era um mero receptor da informação.
Os países vêm criando e adotando sistemas de aprendizagem a distância onde a internet é a ferramenta. Considerando esse fator, é inegável o papel de inclusão social que essa facilidade a educação desempenha. Basta pensar em um aluno dedicado, mas carente financeiramente que consegue estudar em uma importante universidade através de uma plataforma EAD (ensino a distância).
 No Brasil a história do ensino a distância começou via correio mesmo; em forma de revistas periódicas que mesmo tendo chegado ao fim representaram um importante passo inicial para a confiança na educação a distância. Atualmente a modalidade EAD apesar de ainda sofrer com a crença da inferioridade dos cursos por serem a distância é a modalidade que mais cresce no país; além do mais a realidade mostra o contrário, já que esses cursos oferece ambientes virtuais de aprendizagem muito didáticos e inúmeras plataformas de duvidas online. Além disso a internet ainda possibilita inúmeras ferramentas de comunicação como as redes sociais, os blogs, os sites de perguntas e respostas, o bom e velho e-mail que ainda é muito utilizado, e mais recentemente os celulares ampliaram a rede de comunicação com o surgimento dos aplicativos entre eles os de troca de mensagem que se popularizaram de maneira muito rápida. Talvez um grande problema ainda seja o desafio de substituir cursos tradicionalmente presenciais e muito populares por sempre terem sido assim por uma modalidade a distância. E apesar da eficiência caminhar com cautela é preciso para não botar a perder o que já foi conquistado até aqui.
O acesso a essas tecnologias ainda não atinge cem por cento da população, mas a tendência é isso ocorrer em pouco tempo. Já foi a época onde os acessos a essas tecnologias representavam verdadeiras fortunas. Hoje em dia tudo é muito mais flexível.  
 O universo digital é um local como qualquer outro; o problema é que pode-se dizer que a maioria da população parece não ter se dado conta disso. Ainda se vem muitos absurdos e até crimes simplesmente porque pensa-se que a internet é um local seguro para o anonimato, porém isso é um grave engano, já que os IPs são números fixos facilmente rastreáveis. Vale no final considerar que se vive em um caminho sem volta para a facilidade e melhor qualidade de informação e conhecimento onde quem não se adaptar irá deixar de aprender.   


Referências:

PINTO, Aparecida Marcianinha. AS NOVAS TECNOLOGIAS E A EDUCAÇÃO. DFE/UEM/CRC, [S.L], p. 1-7, 200./out. 2017. Disponível em: <http://files.novastecnologias9.webnode.com/200000001-1e2d91f276/AS_NOVAS_TECNOLOGIAS_E_A_EDUCACAO.pdf>. Acesso em: 21 out. 2017.

BASTOS, João Augusto De Souza Leão Almeida. O DIÁLOGO DA EDUCAÇÃO COM A TECNOLOGIA. Revistas.utfpr.edu, [S.L], out. 2017. Disponível em: <http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/revedutec-ct/article/viewFile/1985/1392>. Acesso em: 21 out. 2017.

FAGUNDES, Eliane Schlemmer Léa Da Cruz. Uma Proposta Para Avaliação De Ambientes Virtuais De Aprendizagem Na Sociedade Em Rede. Informática na educação teoria e prática, Porto Alegre, v. 3, n. 1, set./nov. 2017. Disponível em: <http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:UIHI7HR3j9oJ:scholar.google.com/+sociedade+em+rede&hl=pt-BR&as_sdt=0,5>. Acesso em: 06 nov. 2017.


CARDOSO, Manuel Castells Gustavo. A sociedade em rede do conhecimento à acção política: Conferência promovida pelo presidente da república 4 e 5 de março de 2005 | centro cultural de belém. 1012466 ed. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 2006. 439 p.

Nenhum comentário:

Postar um comentário