O mundo moderno enfrenta o
simples desafio de se socializar. Um desafio simples porém cheio de
obstáculos, em um momento em que as diversidades aumentam e
coexistem com inúmeros outros problemas. A simples realidade de estar
junto está se transformando em algo insuportável em determinados
locais devido somente as diferenças no pensar.
Nesse cenário o mundo também
faz uma reflexão sobre o viver com alguma deficiência pensando em
como acolher. Porém é preciso ainda caminhar, amadurecer e aprender
a fazer esse acolhimento da melhor maneira para que ele seja bom para
os dois lados, tanto par o que acolhe como para o que é acolhido. A
legislação brasileira ainda precisa se aprimorar no assunto já que
mesmo a LDB de 96 “preferencialmente” e “no que for possível”
quando se refere a matricula em escolas regulares. As primeiras
experiências acontecendo na primeira metade da década de 80, abrem
caminho, mas é no início da década de 90 que se começa a falar em
uma escola inclusiva.
Chama a atenção o fato de um
problema tão antigo começar a tomar um caminho para melhorias
somente agora mas ainda longe de uma solução única por ser algo
que envolve a mobilização de toda a sociedade.
O integrar foi adotado primeiro
ao se pensar que era o correto por ser algo mais automático.
Integrar é no fundo uma atitude discriminatória porque parte da
ideia que o deficiente é minoria e por isso precisa se integrar a
maioria; enquanto que a verdade é bem longe disso já que todo ser
humano possui determinada deficiência a diferença é que nem todas
são visíveis e claras.
Já a inclusão torna-se uma
atitude necessário e justo já que toda a sociedade acolhe uma
pessoa pelo simples primcípio de reconhecê-la como igual e digna
dos mesmos privilégios. O conceito de inclusão apesar de ser algo
muito ligado a acolhida e ao querer o bem estar do outro indivíduo
ainda é uma novidade. Muitos deficientes não sabem seus direitos e
acabam a si próprios de condenando e se excluindo por causa do erro
do restante da população. O indivíduo com deficiência acaba
enfrentando uma grande barreira física e psicológica e muita
agravada pelo preconceito e pela falta de apoio.
Apesar da mobilização e do
crescimento da divulgação da ideia da inclusão ela ainda não se
fixou porque o deficiente é visto como o coitadinho que vai superar
suas limitações e se superar para ser aceito e não como alguém
que merece a atenção e o preparo da sociedade inteira.
As instituições especiais
deveriam ficar apenas como centros de especialidades e de pesquisa.
No entanto as escolas regulares ainda não estão preparadas porque
se esquivam do assunto, e porque não conseguem encontrar uma forma
de dar o primeiro passo. Os cursos de licenciatura ainda precisam
adaptar seus conteúdos a verdadeira realidade da educação
especial. O Cursos de Libras ainda é visto como novidade e se torna
dificil porque só é estudado em faculdades quando existe. A
Inclusão precisa começar a acontecer em todos os níveis, pois na
verdade a Integração é o sistema mais atuante.
Algumas instituições, cidades
e empresas vem encontrando sucesso em práticas inclusivas. A AACD se
destaca no Brasil com soluções criativas e adaptações de
atividades cotidianas para o deficiente. A verdadeira inclusão
acontece quando conseguimos soluções, melhorias e transformações
significativas para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência a ponto de torná-la feliz e familiarizada com o ambiente
da pessoa sem deficiência.
Infelizmente muitas soluções
são caras, como o método Braile que necessita de uma tecnologia
específica explorada de forma capitalista para que as empresas
especializadas no assunto lucrem na venda desses equipamentos. Isso
prova que a sociedade apesar de bem intencionada ainda não atingiu o
real nível necessário e ainda muitos não entenderam o verdadeiro
sentido da inclusão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário