segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A diferença entre Inclusão e Integração

O mundo moderno enfrenta o simples desafio de se socializar. Um desafio simples porém cheio de obstáculos, em um momento em que as diversidades aumentam e coexistem com inúmeros outros problemas. A simples realidade de estar junto está se transformando em algo insuportável em determinados locais devido somente as diferenças no pensar.

Nesse cenário o mundo também faz uma reflexão sobre o viver com alguma deficiência pensando em como acolher. Porém é preciso ainda caminhar, amadurecer e aprender a fazer esse acolhimento da melhor maneira para que ele seja bom para os dois lados, tanto par o que acolhe como para o que é acolhido. A legislação brasileira ainda precisa se aprimorar no assunto já que mesmo a LDB de 96 “preferencialmente” e “no que for possível” quando se refere a matricula em escolas regulares. As primeiras experiências acontecendo na primeira metade da década de 80, abrem caminho, mas é no início da década de 90 que se começa a falar em uma escola inclusiva.

Chama a atenção o fato de um problema tão antigo começar a tomar um caminho para melhorias somente agora mas ainda longe de uma solução única por ser algo que envolve a mobilização de toda a sociedade.

O integrar foi adotado primeiro ao se pensar que era o correto por ser algo mais automático. Integrar é no fundo uma atitude discriminatória porque parte da ideia que o deficiente é minoria e por isso precisa se integrar a maioria; enquanto que a verdade é bem longe disso já que todo ser humano possui determinada deficiência a diferença é que nem todas são visíveis e claras.

Já a inclusão torna-se uma atitude necessário e justo já que toda a sociedade acolhe uma pessoa pelo simples primcípio de reconhecê-la como igual e digna dos mesmos privilégios. O conceito de inclusão apesar de ser algo muito ligado a acolhida e ao querer o bem estar do outro indivíduo ainda é uma novidade. Muitos deficientes não sabem seus direitos e acabam a si próprios de condenando e se excluindo por causa do erro do restante da população. O indivíduo com deficiência acaba enfrentando uma grande barreira física e psicológica e muita agravada pelo preconceito e pela falta de apoio.

Apesar da mobilização e do crescimento da divulgação da ideia da inclusão ela ainda não se fixou porque o deficiente é visto como o coitadinho que vai superar suas limitações e se superar para ser aceito e não como alguém que merece a atenção e o preparo da sociedade inteira.

As instituições especiais deveriam ficar apenas como centros de especialidades e de pesquisa. No entanto as escolas regulares ainda não estão preparadas porque se esquivam do assunto, e porque não conseguem encontrar uma forma de dar o primeiro passo. Os cursos de licenciatura ainda precisam adaptar seus conteúdos a verdadeira realidade da educação especial. O Cursos de Libras ainda é visto como novidade e se torna dificil porque só é estudado em faculdades quando existe. A Inclusão precisa começar a acontecer em todos os níveis, pois na verdade a Integração é o sistema mais atuante.

Algumas instituições, cidades e empresas vem encontrando sucesso em práticas inclusivas. A AACD se destaca no Brasil com soluções criativas e adaptações de atividades cotidianas para o deficiente. A verdadeira inclusão acontece quando conseguimos soluções, melhorias e transformações significativas para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência a ponto de torná-la feliz e familiarizada com o ambiente da pessoa sem deficiência.

Infelizmente muitas soluções são caras, como o método Braile que necessita de uma tecnologia específica explorada de forma capitalista para que as empresas especializadas no assunto lucrem na venda desses equipamentos. Isso prova que a sociedade apesar de bem intencionada ainda não atingiu o real nível necessário e ainda muitos não entenderam o verdadeiro sentido da inclusão.

domingo, 3 de agosto de 2014

Hiper-realismo. Uma linguagem não tão recente.




   

 Atualmente alguns pintores como Pedro Campos, Jason de Graaf, Diego Fazio e escultores como Ron Mueck vem se destacando no hiper-realismo, e concordo que sem a fotografia isso não seria possível porque ela e também outras tecnologias como o fotoshop e os  modernos sistemas de impressão ajudaram na captação, visualização e apreciação das imagens.
      Existem muitos apreciadores da pintura mas algo que poucos sabem é que o hiper-realismo é uma linguagem artística que veio se consolidando e melhorando porque já existiam artistas buscando a melhor representação a muito tempo atrás.Michelangêlo e Leonardo da Vinci se esforçavam para fazer o mais próximo da realidade e só não foram melhores porque não possuíam os recursos atuais, mas ainda é muito impressionante observar uma obra como o Davi de Michelangelo, feito no mármore puro e que conserva todos os detalhes de um ser humano perfeito carregado ainda de muito impacto expressivo. Uma obra completa, imortalizada na rocha e que ninguém pode contestar que é ainda algo impressionante e quase impossível de ser imitada.
 Hoje Ron Mueck  é igualmente impressionante e inigualável. Apenas usa novos materiais, a fibra de vidro e o silicone ajudam na forma, na imitação da realidade.
Na pintura Jason de Graag pinta cenas unicamente simples mas carregadas de magia por não serem foto e sim tinta. Mas lembremos do americano William Michael Harnett,  e do holandês JohanesVermer que já realizavam façanhas impressionantes apenas com a observação da cenas ao vivo.
O que quero dizer é que  a arte acompanha nosso tempo e os que tem talento para aproveitar com inteligência dos recursos da contemporaneidade fazem quase o impossível.